As
fotografias geralmente são esquecidas, guardadas indevidamente, destinadas ao
museu e não ao Arquivo como deveria de fato acontecer, uma vez que elas são
produzidas a partir das atividades de uma instituição e que servem como prova
ou informação.
A
relação dessas fotografias juntamente com sua proveniência e finalidade são
elementos que irão auxiliar na organização desse acervo e acaba por revelar sua
importância na instituição.
Um
ponto importante que deve ser ressaltado é a diferença entre a informação que a
imagem transmite e o documento em si, pois uma mesma foto pode
atuar como documentos diferentes para um conjunto que possui as mesmas
informações, assim sendo a imagem tem que responder a três questões:
- Quem? (Autoria/ Instituição)
- Como? (Fluxo do documento e os materiais utilizados para sua produção, bem como suas definições de apresentação) (DI PIETRO, L. e CARVALHO, N., 2010)
- Por quê? (Qual a finalidade da imagem, qual o objetivo para a sua criação)
Exemplo:
(Acervo
dos Daidos por Estágio)
Esta imagem faz parte
do acervo dos Daidos por estágio e foi criada dentro das suas funções para
ilustrar a divulgação das atividades relâmpagos do professor André Lopez, mas
ao mesmo tempo essa mesma fotografia pode compor o acervo pessoal do integrante
Kaio Queiroz, pois marcou significativamente sua vida fazer parte da história
desse grupo. Assim, esta mesma imagem assumiria papeis completamente diferentes
e funções arquivísticas distintas para cada produtor.
A grande dificuldade na identificação, classificação e descrição de documentos imagéticos está, na maioria das vezes, relacionada à falta de conhecimento do contexto o qual eles estão inseridos. Uma vez que uma mesma imagem pode assumir diferentes papéis dependendo da interpretação e do objetivo da instituição para tal documento, criando-se assim um contexto para ele em cima das informações contidas na foto e no trâmite da sua produção.
A mestranda Patrícia de
Jesus Ferreira Costa exemplificou essa questão ao analisar fotografias da
seleção brasileira e a partir disso identificou pontos que poderiam
caracterizar qualquer foto de seleção, como por exemplo, os uniformes, as
posições dos jogadores e a bola.
A descrição dos documentos imagéticos precisa respeitar qual o interesse e necessidades da instituição e principalmente as informações contidas nas estruturas dos documentos para assim poder recuperar as informações.
Os documentos
imagéticos constituem um rico acervo das instituições o qual não é fácil
identificar seus dados, como, ano, quem foi o responsável pela sua criação,
etc. Mas ao organizá-los a partir das informações que as próprias imagens
proporcionam eles passam a ser uma importante fonte de informação cujo acesso
esta sendo facultado e é isso que a Ciência da informação dissemina.
Referencias Bibliográficas:
DI PIETRO, L. e CARVALHO, N. Organização de documentos audiovisuais e imagéticos: uma abordagem em diplomática e tipologia documental. Monografia de Graduação em Biblioteconomia. UnB. 2010. Acesso através de http://digifotoweb.blogspot.com.br/2010/11/alunas-de-biblioteconomia-fazem.html
LOPEZ, A.
Contextualización archivística de
documentos fotográficos. Alexandrí@. Lima, vol. 5, num 8, 2011. pag
3-16. Acesso
através de http://digifotoweb.blogspot.com.br/2012/02/contextualizacao-arquivistica-de.html
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ResponderExcluirO post ficou muito bom e a imagem, de fato, ficou muito engraçada!